sábado, 28 de julho de 2012

Testemunho pessoal do pastor Vilmur C. Medeiros (ex-reformista)






Baixe de graça a apostila do pastor Vilmur no link: 


http://www.mediafire.com/?5w9b1keh7l951n1

Não tendo tido o magno privilégio de conhecer diretamente a Igreja Adventista; em 1964 uni-me ao chamado "Movimento de Reforma" de 1914 (SMI-ASDMR).

Pensando ser esse grupo a verdadeira igreja, comecei a empregar meus humildes talentos em levar a mensagem aos que não a conheciam. Nasceu-me o desejo de ser colportor, abandonei os estudos, e dediquei-me ao trabalho diligentemente. Mais tarde fui incluído entre os obreiros bíblicos e posteriormente ocupava-me com a liderança do departamento de colportagem da "União Brasileira" do movimento em questão. Esta União compreende todo o território nacional.

Considerando que a especialidade dos obreiras reformistas é combater a Igreja Adventista – aprendi também, muito cedo, a fazer o mesmo, pensando, como Saulo de Tarso, estar realizando um serviço para Deus. Procurando alcançar mais conhecimento e também mais eficiência a fim de poder convencer aos próprios obreiros adventistas, que julgava estarem errados, dediquei-me ao estudo cuidadoso dos Testemunhos do Espírito de Profecia. Assim, involuntariamente, encontrei passagens que pareciam não se harmonizar com os ensinamentos do "MOVIMENTO DE REFORMA". Outros textos pareciam conduzir-me à compreensão de que não se justificava a existência de outro (s) movimento (s) além daquele surgido, como cumprimento de profecia em 1844. Procurava, e em constantes trocas de idéias com colegas obreiros, justificação para a existência do "Movimento de Reforma" a despeito dessas impressionantes passagens e o resultado era este: Aparente ou temporariamente parecia estarem os reformistas com a razão. Mas a intranqüilidade motivada por pequenas dúvidas continuavam na mente ao reconsiderar, muitas vezes, na calada da noite, aqueles textos.

Investido de diversas responsabilidades, passei a participar das reuniões de comissão, de conferências organizadoras da "Associação Paraná, Santa Catarina", bem como da "União Brasileira". Entristecia-me ao observar que o "organograma" (aliás inexistente) não passava de uma máquina emperrada, porquanto a realidade, entre os reformistas, é que existe grande desorganização administrativa, ausência de atividade missionária e falta de progresso em todos os setores.

Ao contemplar esse quadro tão desolador, pensava comigo mesmo: "Se a igreja de Deus em todos os tempos prosperou de maneira maravilhosa, apesar de apresentar ao mundo um caminho estreito, por que a igreja a que pertenço não prospera? Preocupado com a questão, vinham-me à mente pensamentos como os que se seguem:

1 – A Igreja Adventista é acusada de ser "Babilônia", "prostituta", "gaiola" (de toda ave imunda e aborrecível), etc. Por que a "Reforma", com todas essas acusações não consegue se ombrear com a acusada que e tão organizada e progressista em todos os seus departamentos? Em Testemunhos para Ministros lemos: "Método e ordem manifestam-se em todas as obras de Deus, em todo o Universo. A ordem é a lei do Céu, e deveria ser a lei do povo de Deus sobre a Terra." (TM, p. 26). Como harmonizar a desorganização da "Reforma" com essa Passagem?

2 – Ao mesmo tempo em que os Testemunhos insistem enfaticamente sobre a grande necessidade de ampliação dos conhecimentos em geral para que o Evangelho avance dignamente em nossos dias, por que razão a liderança do "Movimento de Reforma" é constituída essencialmente de elementos carentes de cultura? Por que razão esses líderes se incompatibilizam com os membros que procuram melhorar seu padrão cultural através de cursos universitários?

3 – Nas páginas 19 e 20 do livro Evangelismo lemos a respeito da sempre crescente influência do evangelismo, obra de extensão mundial, executada pela Igreja Remanescente já antes da chuva serôdia. Por que o Movimento de Reforma é constituído de um número estacionário de membros em alguns países apenas? Não seria isso resultado dos constantes litígios e conseqüentes separações que, por sua vez, têm lugar pelo fato de não ser esse movimento guiado por Deus?

4 – Por que leio tanto nos Testemunhos (Evangelismo, p. 413, etc.) sobre a necessidade de hospitais e escolas em todas as partes do mundo quando essa condição nunca se cumpre na igreja da "Reforma"? Não é essa igreja proprietária de apenas uma mal montada, mal administrada clínica que não passa de uma precária casa de banhos?

A única escola de nível fundamental existente funcionou durante um lustro, no máximo, nos anos 60 e foi fechada por determinação da direção. Isto me levava à dolorosa dúvida: Estaria Deus dirigindo esse movimento?

5 - Por que o programa "A Voz da Profecia" iniciou suas atividades modestamente e hoje se utiliza de milhares de emissoras na transmissão de mensagens para milhões, conseguindo batizar multidões, quando o programa "A Verdade Presente" só faz algumas tentativas sem sentido e sem êxito?

6 – Em Testemunhos Seletos, vol. 3, pág. 140 leio uma importante mensagem encabeçada pelo título "Nossas Casas Publicadoras". Como isso se pode cumprir a não ser na Igreja Adventista do Sétimo Dia?

A editora da reforma localiza-se no Brasil. Publica apenas poucas compilações que são monopólio de um único autor. Ademais a quase totalidade desses livros não contém mensagem evangelizadora.

Logo que me foi confiada a direção do Departamento de Colportagem da União Brasileira. Conscientizando-me das minhas sérias responsabilidades tornei a ler o pequeno grande livro O Colpotor Evangelista. No capítulo "Os Grandes Livros de Nossa Mensagem" (Pág. 123) saltou-me claramente aos olhos que os livros O Desejado de Todas as Nações, Patriarcas e Profetas, e especialmenteO Grande Conflito deveriam ser espalhados como folhas de outono por serem portadores da mensagem de que o povo necessita. Quem preenche esta condição? Não é porventura a Igreja Adventista do Sétimo Dia?

7 – A que conclusão chego ao cotejar o livro História de Nossa Igreja, publicado pela Casa Publicadora Brasileira, com o livro que conta a história da "Reforma", escrito por um de seus eminentes líderes (Livro do Pecado)? A que conclusão chego ao comparar as palavras finais desse livro com o recibo de venda, assinado pelo pastor que hoje é secretário da Conferência Geral com sede em Nova Jersey? São as seguintes as palavras do epílogo desta obra: "Esses materiais são para nossos obreiros... Não é certo deixá-los nas mãos daqueles que estão fora da igreja..."

Somando-se esses fatos às dissenções, brigas, separações, etc. contidas nesse livro a que conclusão chego ao contemplar a mensagem contida em Testemunhos Seletos, vol. 3, p. 254? Aí encontramos o seguinte: "É chegado o tempo para realizar uma reforma completa. Quando esta reforma começar, o espírito de oração atuará em cada crente e banirá da igreja o espírito de discórdia e luta... Não haverá confusão, pois todos estarão em harmonia com o Espírito."

8 – Por que a irmã White deu mensagens de estímulo e confiança à Igreja Adventista e a seus líderes até 1915 quando morreu fiel nessa igreja? Por que não fez ela nem sequer referência ao movimento de 1914?

9 – Estou pertencendo à igreja verdadeira ou a um ramo transviado sem razão de existência dentro da profecia? Porventura não estou trabalhando contra Deus como Saulo na estrada de Damasco?

Estes pensamentos ocorriam especialmente após tanta discussão contra obreiros adventistas. A leitura constante de toda a série de folhetos publicados contra a igreja adventista era incapaz de solver as dúvidas nascentes.

Diante destas e de tantas outras incoerências resolvi fazer uma investigação minuciosa dos Testemunhos mediante oração para que eu pudesse compreender a verdade. Certa tarde, em princípios de junho de 1973 chegando a casa lancei mão de alguns livros e, tremulamente ajoelhei-me suplicando a Deus que me abençoasse com Sua iluminação para aquele momento decisivo para minha vida espiritual. Roguei ao Senhor que se o "Movimento de Reforma" fosse a verdade , que Ele banisse as minhas dúvidas. Se por outro lado a Igreja Adventista do Sétimo Dia, contra a qual sempre havia trabalhado, fosse Sua Igreja, que Ele me desse uma compreensão clara a respeito, e uma certeza absoluta.

O Senhor foi muito bondoso para comigo respondendo-me à medida que perscrutava as páginas inspiradas. Abriram-se-me os olhos e, em traços claros e inequívocos, pude compreender que a Igreja Adventista do Sétimo Dia, apesar de defeituosa e fraca é ainda a Sua Igreja e o será até o fim. Compreendi que ela não fora rejeitada em 1914. O resultado foi que meus terrores foram substituídos por uma paz profunda. Uma alegria incontida e perfeita certeza que inundaram meu coração. Pedi a Deus perdão de tudo o que eu vinha fazendo contra a Sua Igreja e agradeci a Ele por ter recebido tão clara e inconfundível resposta.

Quanto a mim não havia mais problema. Meu caso estava solucionado, felizmente. Porém, desejei que meus familiares, a começar por minha esposa viessem a ter a felicidade que eu sentia, compreendendo que não estávamos trilhando o carrinho certo. Comecei a orar a Deus a fim de iniciar um trabalho cauteloso com os membros de minha família. Alguns dias após minha decisão apresentei à minha esposa o que Deus me havia revelado.

Para minha alegre surpresa, o Espírito de Deus trabalhou maravilhosamente e ela não teve nenhuma dificuldade em entender, tomando posição ao lado da igreja do Senhor. Isto não apenas influenciada por mim mas por suas próprias ilações e convicção. Juntos agradecemos a Deus pela grande bênção recebida e imploramos a Ele que nos conduzisse no trabalho que cumpria iniciar com os demais familiares ... Oramos, jejuamos, e em seguida viajamos para Cambará (Norte do Paraná) onde reside quase toda nossa parentela.

Ao chegarmos lá ficamos maravilhados ao percebermos que Deus estava guiando os acontecimentos. No momento oportuno anunciamos aos nossos queridos a finalidade de nossa visita extemporânea e em seguida lhes apresentamos a mensagem da verdade. A princípio houve alguma oposição (o contrário não era de se esperar) pelo fato de já pertencerem ao "Movimento de Reforma" havia 15 anos. Mas o Espírito Santo operou de tal maneira que compreenderam que estiveram enganados por longo tempo. Houve um misto de alegria e tristeza, mas apesar dos prantos que se seguiram, a alegria de terem encontrado a verdade logo substituiu o sobressalto. Então todos exclamamos: "Isto é um milagre de Deus".

Depois de tudo isso, fomos ter com o diretor do trabalho missionário da Igreja Adventista de Cambará a fim de relatar-lhe o ocorrido. Quando lhe dissemos: "Irmão José, nós agora somos adventistas", ele demorou a crer, mas ao ver que realmente era verdade o que estávamos dizendo, não se conteve. Chorou de emoção e nos abraçou. A grande barreira de separação foi desfeita, uma alegria imensa vibrou em nosso coração, pois agora éramos irmãos.

Como eu antes de viajar a Cambará estivera na sede da Associação Paulista da IASD comunicando a minha decisão, e, como em Cambará houve necessidade de mais ajuda, solicitamos a presença de alguém de S. Paulo. Assim foi enviado o irmão Giácomo Molina acompanhado de um pastor adventista, e a atuação foi oportuna.

No dia 16 de junho a igreja adventista em Cambará estava em festa: aproximadamente 40 novas pessoas estavam presentes para assistirem a reunião da Escola Sabatina. Houve abraços afetuosos, encontros deveras agradáveis e palavras de gratidão a Deus pelo que Ele havia feito. Dali para cá o templo da "Reforma" ficou ainda de portas abertas, mas de bancos praticamente vazios.

A presença do pastor distrital, irmão Harald Link, também se fez sentir em nosso meio; e no dia 26 de agosto de 1973 tivemos a alegria de, num total de 20 (vinte) almas, passarmos pelas águas batismais na Igreja de Deus. Posteriormente outros reformistas foram batizados em Cambará, Ponta Grossa, Umuarama, etc., além de muitos irmãos que em S. Paulo tomaram decisão idêntica.

As bênçãos que recebemos do Senhor são de valor inestimável. Por isso nossa gratidão a Ele jamais terá fim. Hoje, depois de cursar Teologia no IAE, trabalho como pastor distrital na Associação Paulista Leste. Sim, ao relembrar como Deus nos guiou exclamo com meus colegas e irmãos egressos do mesmo "Movimento": '"Grandes coisas fez o Senhor por nós, e por isso estamos alegres." Salmos 126:3, "Foi o Senhor que fez isto, e é coisa maravilhosa aos nossos olhos." Salmos 118:23.

Fonte: Apostila "O Movimento de Reforma de 1914 e o Espírito de Profecia"

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Diga não ao futebol, sim à família


O que você faria se alguém o atacasse, caluniando-o como corrupto ou um indivíduo que vive à custa de propina? O que você faria se uma instituição o injuriasse, agredindo-o verbalmente ou por escrito? O primeiro sentimento é de revolta, de indignação, de vontade de devolver a ofensa com um processo na Justiça. Se fosse o Manoel da panificadora, provavelmente você não iria mais comprar pão e leite no estabelecimento dele. Se fosse o diretor da escola, você iria parar de pagar a mensalidade e solicitar a transferência dos filhos. Se a agressora fosse uma marca famosa de vestuário ou perfume, é de se pensar que ela amargaria um prejuízo gigantesco com a sangria da clientela. E se fosse a entidade maior do futebol mundial? Nesta semana, em documento oficial, essa entidade afirmou que não percebe diferenças entre os corruptos e a população da América do Sul e da África (confira). Para eles, “todos somos corruptos” e vivemos de “propina”. Qual será a sua reação?

Quem dirige essa entidade? Indivíduos que vivem à custa de trabalhadores, que torram parte de seus salários nas arenas pós-modernas. Os dirigentes dessa entidade não fazem nada na vida que valorize seus polpudos soldos, a não ser tecer a rede de conluios com governantes e políticos (por sinal, corruptos). São pessoas que se relacionam com os piores tipos de governantes do mundo. Quem é a Suíça, país-sede do futebol? País que tem bancos com contas secretas, cujos numerários, joias, pedras preciosas, obras de arte e títulos de valores são provenientes de nações que tiveram seus tesouros dilapidados por políticos mal-intencionados e genocidas. Ao terem conhecimento disso, os banqueiros suíços são coparticipantes da roubalheira mundial. E pior, até mesmo de assassinatos em massa nas conflagrações civis ao redor do planeta. Basta olhar para a História há 70 anos e verificar por que a Suíça não foi invadida pelos alemães (estranho, muito estranho!) e como os helvéticos ficaram riquíssimos com o saque dos judeus promovido pelos nazistas. A instituição gestora do futebol é um órgão que tem culpa no cartório (leia Como Eles Roubaram o Jogo, de David Yallop).

É inaceitável que cristãos, que aguardam a vinda de Jesus, sejam tão “fieis” ao futebol quanto ao Senhor. É absurdo que cristãos queimem, literalmente, seu salário em fogos de artifício e, de quebra, prejudiquem o sono e o descanso de outros que nada têm que ver com a “liturgia” nos “templos” erigidos às “divindades da bola”. Sabemos que é coisa difícil convencer pessoas ao boicote contra o futebol, parte da cultura brasileira, do DNA de cada cidadão, mas deveríamos aproveitar para mudar o estilo de vida com o propósito mais saudável, tanto do ponto de vista físico e biológico, como espiritual. Então, por que não planejar desde agora um mês de viagem, acampamento ou retiro da cidade em junho-julho de 2014 e de “desligue a TV”, “não vá aos estádios”, “fique mais perto de Jesus”?

Quatro experiências pessoais: (1) Atuei durante seis meses na equipe que organizou a cobertura da Olimpíada de Atlanta. Minha função era auxiliar o editor-chefe de Esportes a levantar o histórico dos jogos, entrevistar personalidades junto aos esportes e promover a agenda dos jogos. Suportei seis meses em uma guerra de vaidades, envolvendo repórteres, empresários, dirigentes, atletas. Optei pela política. (2) Um dos diretores de redação era um ex-jogador, atacante promissor, mas que escolheu a universidade e a redação aos 19 anos. Por quê? Porque ele sabia que os jogos eram arranjados, manipulados. (3) Assisti ao Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo de 2009, em São Paulo. Nele, ficou claro que a Copa resultaria em um prejuízo bilionário para a África do Sul e, talvez, quase trilionário para o Brasil. (4) Certo cliente do meu sogro era diretor de um clube de renome. Um dia, ele perguntou se o diretor poderia doar umas camisas para ele entregar aos netos de presente. O diretor respondeu-lhe que não fizesse isso com os netos, pois nem ele fazia com os dele. Por quê? Ele explicou que era para contar aos netos que futebol profissional não é um esporte honesto, que eles não perdessem tempo assistindo a qualquer partida. Jogassem no campinho como atividade recreativa, mas não usassem as camisas dos clubes, a fim de não colaborar com a desonestidade. No fim da conversa, ele esclareceu dizendo que, anualmente, os diretores dos três clubes da capital se reuniam para decidir quem seria o campeão do próximo ano. Aqueles que ficassem de fora do título, receberiam os bônus, em forma de casas, automóveis, viagens, mulheres, dinheiro. Por que vou perder meu tempo assistindo futebol? Eu sei que muitas dessas coisas que foram escritas aqui, aqueles que são honestos e têm bom senso deveriam conhecer.

Dedique o tempo que você perde durante a semana, em frente à TV ou em um estádio, permanecendo mais com a família, com os amigos que não são iludidos por essa camarilha do país helvético. Somos sul-americanos, com orgulho, e não podemos aceitar que uma instituição espúria nos ataque desse modo. Já não basta a entidade gestora do futebol haver dinamitado a soberania do Brasil impondo uma legislação própria? Vamos dar um chute nas más-intenções dessa entidade. Abrace essa causa e diga “não” à entidade-mor do futebol, “não” à Copa das Confederações de 2013, “não” à Copa do Mundo de 2014. Sabemos que iremos pagar essa conta o resto de nossa vida. Entretanto, deve ficar claro que “a Copa pode até afundar o Brasil, mas não a minha relação com Deus e com a família”.

(Ruben Dargã Holdorf é jornalista e professor universitário)

terça-feira, 3 de julho de 2012

Dez Estratégias de Manipulação Midiática


O linguista estadunidense Noam Chomsky elaborou a lista das “Dez estratégias de manipulação” através da mídia:

1. Estratégia da distração. O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distrações e de informações insignificantes. A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir o público de se interessar pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. “Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais (citação do texto “Armas silenciosas para guerras tranquilas”).”

2. Criar problemas, depois oferecer soluções. Esse método também é chamado “problema-reação-solução”. Cria-se um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.

3. Estratégia da gradação. Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradativamente, a conta-gotas, por anos consecutivos. É dessa maneira que condições socioeconômicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990: estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa, salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que haveriam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma só vez.

4. Estratégia do deferido. Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como sendo “dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente. Em seguida, porque o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isso dá mais tempo ao público para se acostumar com a ideia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chega o momento.

5. Dirigir-se ao público como crianças de baixa idade. A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse um menino de baixa idade ou um deficiente mental. Quanto mais se intente buscar enganar ao espectador, mais se tende a adotar um tom infantilizante. Por quê? “Se você se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12 anos ou menos, então, em razão da sugestão, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de sentido crítico como a de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade (ver “Armas silenciosas para guerras tranquilas”).”

6. Utilizar o aspecto emocional muito mais do que a reflexão. Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e por fim ao sentido critico dos indivíduos. Além do mais, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar ideias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos…

7. Manter o público na ignorância e na mediocridade. Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. “A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores e as classes sociais superiores seja e permaneça impossível para o alcance das classes inferiores (ver “Armas silenciosas para guerras tranquilas”).”

8. Estimular o público a ser complacente na mediocridade. Promover no público a ideia de que é moda o fato de ser estúpido, vulgar e inculto…

9. Reforçar a revolta pela autoculpabilidade. Fazer o indivíduo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, de suas capacidades, ou de seus esforços. Assim, ao invés de se rebelar contra o sistema econômico, o individuo se autodesvalida e se culpa, o que gera um estado depressivo no qual um dos efeitos é a inibição da ação. E, sem ação, não há revolução!

10. Conhecer melhor os indivíduos do que eles mesmos se conhecem. No transcorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm gerado crescente brecha entre os conhecimentos do público e aqueles possuídos e utilizados pelas elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o “sistema” tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto física quanto psicologicamente. O sistema tem conseguido conhecer melhor o indivíduo comum do que ele mesmo conhece a si mesmo. Isso significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce controle maior e grande poder sobre os indivíduos do que os indivíduos sobre si mesmos.

(Instituto João Goulart)

Nota do blog Diário da Profecia: “A plena semelhança com os dias em que vivemos não é mera coincidência. Sem contar que esse estado de alienação que vem sendo verticalmente disseminado na massa é algo absolutamente necessário para a caracterização do quadro profético esperado nos últimos dias deste planeta.”