terça-feira, 27 de março de 2012

Consumo diário de carne vermelha aumenta risco de morte


Comer uma porção diária de carne vermelha processada pode aumentar o risco de morte prematura em até 20%, segundo estudo realizado com mais de 120 mil pessoas nos Estados Unidos e divulgado na última segunda-feira (12). O estudo, feito por especialistas da Universidade de Harvard (Massachussetts, nordeste), dá evidências de que comer carne vermelha aumenta o risco de doenças cardíacas e câncer. No entanto, também sugere que substituí-la por peixe e carne de frango pode reduzir o risco de morte prematura. “Esse estudo oferece evidência clara de que o consumo regular de carne vermelha, especialmente carne processada, contribui substancialmente para uma morte prematura”, disse Frank Hu, autor principal do estudo, publicado na revista Arquivos de Medicina Interna.

Os cientistas trabalharam com base em dados de um estudo feito com 37.698 homens, acompanhados por 22 anos e de 83.644 mulheres, estudadas por 28 anos. Os participantes foram consultados sobre seus hábitos alimentares a cada quatro anos. Aqueles que comiam uma porção diária, da espessura de um baralho de cartas, de carne vermelha sem processar, demonstraram um risco 13% maior de morrer do que aqueles que não comiam carne vermelha com tanta frequência.

Se a carne vermelha é processada, como salsichas ou toucinho, o risco aumentava para 20%. No entanto, substituir a carne vermelha por nozes provou reduzir o risco de mortalidade total em 19%, enquanto o consumo de grãos inteiros ou de carne de ave diminuiu o risco em 14% e o peixe, em 7%.

Os autores afirmaram que de 7% a 9% de todas as mortes no estudo “poderiam ser evitadas se todos os participantes consumissem menos de 0,5 porção diária de carne vermelha total”.

A carne vermelha processada demonstrou conter ingredientes como gorduras saturadas, sódio, nitritos e outras substâncias, vinculadas a muitas doenças crônicas, inclusive doenças cardíacas e câncer.

“Mais de 75% dos 2,6 trilhões de dólares em custos anuais de cuidados com a saúde dos Estados Unidos são de doenças crônicas”, afirmou Dean Ornish, médico e especialista em dietas da Universidade da Califórnia em San Francisco, em comentário que acompanhou a pesquisa. “É provável que comer menos carne vermelha reduza a morbidade com essas doenças, reduzindo assim os custos com atenção médica”, emendou.

(UOL)
Nota:Consumo diário de carne vermelha aumenta o risco de morte para o ser humano e, com certeza, para os animais que fornecem a carne – esses não correm risco; eles morrem mesmo. Dois bons motivos para optar pela dieta vegetariana (ou, de início, ovolactovegetariana). “Os que se alimentam de carne não estão senão comendo cereais e verduras em segunda mão; pois o animal recebe destas coisas a nutrição que dá o crescimento. A vida que se achava no cereal e na verdura passa ao que os ingere. Nós a recebemos comendo a carne do animal. Quão melhor não é obtê-la diretamente, comendo aquilo que Deus proveu para nosso uso! A carne nunca foi o melhor alimento; seu uso agora é, todavia, duplamente objetável, visto as doenças nos animais estarem crescendo com tanta rapidez. Os que comem alimentos cárneos mal sabem o que estão ingerindo. Frequentemente, se pudessem ver os animais ainda vivos, e saber que espécie de carne estão comendo, iriam repelir enojados” (Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 313).[MB]

domingo, 4 de março de 2012

Loma Linda e a guerra da Zona Azul


Mais que a defesa de hábitos locais, a luta Loma Linda versus McDonald’s é símbolo da defesa de um futuro saudável 

A batalha foi árdua e durou cinco horas. De um lado, moradores de Loma Linda, Califórnia, Estados Unidos. Do outro, prefeito e vereadores da cidade. Questão: deve-se permitir a instalação de um restaurante McDonald’s na cidade? Em qualquer outra parte a questão não provocaria qualquer dúvida. Mas Loma Linda é diferente. Considerada uma das poucas regiões do mundo em que grande porcentagem da população chega aos cem anos saudável e ativa, Loma Linda é uma das três Zonas Azuis, regiões caracterizadas pela longa vida de seus habitantes.  As outras duas ficam na Sardenha, Itália e Okinawa, Japão.

Loma Linda conquistou o status de única Zona Azul americana devido à maciça presença dos adventistas do sétimo dia, que promovem estilo de vida saudável no qual dieta vegetariana, exercícios, ausência de álcool e cigarro e forte vínculo espiritual são parte integrante.

Segundo o médico brasileiro Hildemar Feliciano dos Santos, professor na Universidade Adventista local, essa Zona Azul americana cresce em importância pelo fato de as demais zonas localizadas na Itália e Japão estarem ameaçadas pelos modernos hábitos de alimentação, disseminados de modo agressivo pelos restaurantes fast foods. “Os descendentes daqueles longevos nessas Blue Zones já não seguem o regime de seus antepassados e provavelmente não vão viver longos anos como viveram seus pais e avôs”, informa o médico.

Médicos, nutricionistas e outros profissionais de saúde, munidos de evidências científicas, criaram na cidade o Movimento de Saúde de Loma Linda e lutaram bravamente para impedir a instalação do restaurante  , relata o médico.

O interesse econômico falou mais alto e o pequeno exército de brancaleone vegetariano foi vencido com o duvidoso argumento de que o projeto já estava por demais avançado para qualquer recuo na programação. A batalha durou sete horas e só acabou à meia-noite do dia 13 de dezembro de 2011.

O embate teve repercussão nacional. “Muitas reportagens estão sendo feitas sobre a injusta derrota”, lamenta o médico que participou da luta até o último momento. “Jornais como o Los Angeles Times e o New York Times estiveram entrevistando os membros do movimento de Loma Linda e simpatizando com a causa”, relata o profissional brasileiro que promete continuar promovendo o movimento de saúde de Loma Linda entre seus habitantes.

Entre o pesado arsenal de munições utilizadas pelos defensores da saúde, um argumento fornecido por levantamento local: estatísticas mostram que num raio de seis quilômetros a partir de um restaurante tipo fast food a prevalência de obesidade infantil aumenta 5% ou mais.

Assustadas com o gigantesco número de crianças obesas que aumenta a cada ano – 30% delas sofrem com essa doença atualmente –, e projeções que indicam 2020 como o ano em que todos os americanos estarão com excesso de peso, outras cidades começam a tomar atitudes. São Francisco está lutando contra o McDonald’s pelo costume de dar brinquedinhos para crianças que compram seus “alimentos” e a universidade de Vanderbilt fechou no mês passado – janeiro, 2012 – o McDonald’s que funcionava nas dependências de seu centro médico.

O correspondente de Vida Integral conclui lembrando que “há uma epidemia de enfermidades modernas como diabetes, excesso de colesterol, obesidade, pressão alta, doenças cardíacas e derrames cerebrais que estão relacionadas diretamente com o tipo de alimentação”.

Jejum pode ajudar a proteger cérebro


Jejuar um ou dois dias por semana pode proteger o cérebro contra doenças degenerativas como mal de Parkinson ou de Alzheimer, segundo um estudo realizado pelo National Institute on Ageing (NIA), em Baltimore, nos Estados Unidos. “Reduzir o consumo de calorias poderia ajudar o cérebro, mas fazer isso simplesmente diminuindo o consumo de alimentos pode não ser a melhor maneira de ativar essa proteção. É provavelmente melhor alternar períodos de jejum, em que você ingere praticamente nada, com períodos em que você come o quanto quiser [melhor não comer “o quanto quiser”, mas o suficiente]”, disse Mark Mattson, líder do laboratório de neurociências do Instituto, durante o encontro anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência, em Vancouver. Segundo ele, seria suficiente reduzir o consumo diário para 500 calorias, o equivalente a alguns legumes e chá, duas vezes por semana, para sentir os benefícios.

O National Institute of Ageing baseou suas conclusões em um estudo com ratos de laboratório, no qual alguns animais receberam um mínimo de calorias em dias alternados. Esses ratos viveram duas vezes mais que os animais que se alimentaram normalmente. Mattson afirma que os ratos que comiam em dias alternados ficaram mais sensíveis à insulina - o hormônio que controla os níveis de açúcar no sangue - e precisavam produzir uma quantidade menor da substância.

Altos níveis de insulina são normalmente associados a uma diminuição da função cerebral e a um maior risco de diabetes. Além disso, segundo o cientista, o jejum teria feito com que os animais apresentassem um maior desenvolvimento de novas células cerebrais e se mostrassem mais resistentes ao estresse, além de ter protegido os ratos dos equivalentes a doenças como mal de Parkinson e Alzheimer.

Segundo Mattson, a teoria também teria sido comprovada por estudos com humanos que praticam o jejum, mostrando inclusive benefícios contra a asma. “A restrição energética na dieta aumenta o tempo de vida e protege o cérebro e o sistema cardiovascular contra doenças relacionadas à idade”, disse Mattson.

A equipe de pesquisadores pretende agora estudar o impacto do jejum no cérebro usando ressonância magnética e outras técnicas.


Nota do blog Criacionismo: Em livros como Conselhos Sobre o Regime Alimentar e Conselhos Sobre Saúde (ambos da CPB, www.cpb.com.br), há mais de cem anos, Ellen White recomenda o jejum como um aliado da saúde física e espiritual. No aspecto físico, ela diz: “A intemperança no comer é muitas vezes a causa da doença, e o que a natureza precisa mais é ser aliviada da indevida carga que lhe foi imposta. Em muitos casos de doença, o melhor remédio é o paciente jejuar por uma ou duas refeições, a fim de que os sobrecarregados órgãos digestivos tenham oportunidade de descansar” (Conselhos Sobre Regime Alimentar, p. 189). E, no âmbito espiritual, ela recomenda: “Agora e daqui por diante até ao fim do tempo, deve o povo de Deus ser mais fervoroso, mais desperto, não confiando em sua sabedoria, mas na sabedoria de seu Líder. Devem pôr de parte dias de jejum e oração. Pode não ser requerida a completa abstinência de alimento, mas devem comer moderadamente, do alimento mais simples” (Conselhos Sobre Regime Alimentar, p.188, 189).

sexta-feira, 2 de março de 2012

Açúcar faz tão mal quanto álcool e cigarro


O consumo de açúcar pode ser tão prejudicial quanto o abuso de álcool e cigarro, segundo artigo publicado por médicos na revista científica Naturenesta quarta-feira (1º). Isso porque a ingestão excessiva de sacarose e frutose, que triplicou no mundo nos últimos 50 anos, está ligada ao surgimento de doenças crônicas não contagiosas, como diabetes, câncer e problemas cardíacos. Em setembro do ano passado, a Organização das Nações Unidas (ONU) declarou que, pela primeira vez na história, as doenças crônicas não transmissíveis representam um ônus maior para a saúde pública mundial que as doenças infecciosas. Esses males já são responsáveis pela morte de 35 milhões de pessoas por ano, segundo as Nações Unidas – 80% em países pobres ou em desenvolvimento, onde refrigerantes são muitas vezes mais baratos que água potável ou leite.

Em geral, o álcool e o cigarro são regulados pelos governos como forma de proteger a saúde da população, mas não há controle sobre a alimentação. Segundo os autores do artigo, Robert Lustig, Laura Schmidt e Claire Brindis, a regulação das autoridades deveria incluir o aumento de impostos sobre produtos industrializados acrescidos de açúcar (como refrigerantes, sucos, achocolatados e cereais), a limitação de vendas no horário escolar e em ambientes de trabalho e a imposição de limites de idade para a compra. Mas essas regras são mais complicadas, de acordo com os pesquisadores, pois os alimentos são considerados bens essenciais, ao contrário do álcool e do tabaco.

Atualmente, há no planeta 30% mais indivíduos obesos que desnutridos, de acordo com os médicos. E a dieta ocidental, com muitos alimentos processados, tem contribuído para essas crescentes taxas. Apenas 20% dos obesos têm um metabolismo e uma vida normais – os demais sofrem com problemas como hipertensão, diabetes, apneia do sono, gordura no fígado e disfunções ortopédicas ou articulares.

As autoridades de saúde costumam considerar o açúcar como “calorias vazias”, mas evidências científicas mostram que sacarose e frutose demais podem desengatilhar processos tóxicos no fígado ou reações capazes de causar uma série de doenças crônicas.

Segundo os autores do artigo na Nature, EUA e Europa ainda veem a gordura e o sal como os grandes vilões da alimentação, mas a atenção deve começar a se voltar para os produtos com adição de açúcar (moléculas de frutose acrescidas em comidas processadas).

Em outubro do ano passado, a Dinamarca optou por taxar alimentos ricos em gordura saturada, apesar de a maioria dos médicos não acreditar mais que essa substância seja a principal culpada pela obesidade. Agora, o país considera tributar os doces.

Outras nações europeias e o Canadá tentam impor pequenos impostos sobre alimentos adoçados. E os EUA já consideram taxar o refrigerante – um cidadão americano consome em média 216 litros por ano, dos quais 58% contêm açúcar.

A cidade de São Francisco, na Califórnia, proibiu recentemente a inclusão de brinquedos oferecidos em refeições fast-food. Outro limite possível para proteger as crianças seria proibir comerciais sobre produtos com adição de açúcar, destacaram os autores.

(G1 Bem-Estar)

Nota: Pra você que é cristão e se acha melhor que pessoas que bebem e fumam, mas não está nem aí pra sua saúde, quando se trata de algo que ainda lhe escraviza, vicia e destrói. Vale para o acúcar, vale para gorduras, carnes, e outras "finas iguarias do rei".